segunda-feira, 15 de junho de 2009

Retorno do ônibus espacial Atlantis fica para sábado (23) por causa do mau tempo

A Nasa adiou para sábado (23) a aterrissagem do ônibus espacial Atlantis devido ao mau tempo no estado da Flórida, onde estava prevista nesta sexta a chegada da nave, após sua missão no telescópio Hubble. A agência tinha previsto duas tentativas de aterrissagem, a primeiro às 11h de Brasília e a segunda às 12h39 de Brasília. O ônibus voltará a tentar a aterrissagem no sábado, no Centro Espacial Kennedy da Flórida. Caso ocorra algum imprevisto, o Atlantis pode tentar descer na base Edwards da Força Aérea, na Califórnia. As opções de aterrissagem para o domingo incluem Flórida, Califórnia e Novo México. Durante sua última missão de serviço de 11 dias ao telescópio espacial Hubble, a tripulação do "Atlantis" realizou cinco caminhadas espaciais, durante as quais modernizou os sistemas e substituiu e consertou peças do telescópio colocado em órbita há 19 anos. A missão, considerada uma das mais perigosas no programa das naves, permitirá que o observatório continue operando pelo menos durante por mais cinco anos, segundo cálculos dos cientistas da agência espacial dos EUA. O sucesso da missão foi comemorado na quinta-feira pelo presidente americano, Barack Obama, em uma comunicação com o comandante Scott Altman, a quem transmitiu felicitações. "Estou orgulhoso do que conseguiram. Esta missão de conserto no espaço proporcionou um exemplo maravilhoso da dedicação e do compromisso com a pesquisa que representa os Estados Unidos", acrescentou Obama. "O Hubble é um símbolo de nossa busca pelo conhecimento", disse.

Aluna da sexta série batiza próximo jipe marciano da Nasa

Curiosity (Curiosidade) é o nome dado ao sucessor dos atuais rovers.'A curiosidade é uma chama eterna na mente de todos', escreveu a menina

Depois do Spirit e do Oportunity, será o vez do Curiosity. O nome, ideia de Clara Ma, aluna da sexta série de uma escola no estado americano do Kansas, será dado ao Mars Science Laboratory, novo jipe robótico que a Nasa enviará a Marte em 2011. O jipe, ou rover, como os americanos o chamam, estará equipado com sistemas destinados a procurar sinais de vida passada ou até moderna no planeta vermelho.

aluna ganhou uma competição organizada entre estudantes americanos para batizar a sonda com uma redação na qual escreveu: "A curiosidade é uma chama eterna que queima na mente de todo mundo. Ela me faz querer sair da cama de manhã e imaginar que surpresas a vida vai lançar na minha frente naquele dia".

Nasa descobre local de vazamento de hidrogênio do ônibus espacial

Endeavour teve lançamento adiado após a descoberta do problema. Ônibus vai levar astronautas para a Estação Espacial Internacional


Técnicos da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, conseguiram neste domingo (14) alcançar a área do ônibus espacial Endeavour onde foi descoberto um vazamento de hidrogênio horas antes de a nave decolar no sábado, no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.



o problema foi detectado no sistema de ventilação do tanque externo de combustível do Endeavour. Segundo a Nasa, o problema foi similar ao ocorrido em março com o ônibus espacial Discovery. No final do dia, a Nasa vai avaliar como estão os reparos e tentar definir uma nova data para a decolagem do Endevour. O ônibus espacial vai levar astronautas para a ISS, a estação espacial internacional.

O Endeavour tem como missão entregar e instalar os últimos módulos do laboratório científico Kibo durante cinco caminhadas espaciais, levar novos equipamentos ao complexo e substituir um dos ocupantes da ISS –o engenheiro japonês Kohichi Wakata, que voltará à Terra depois de permanecer quatro meses na ISS.

Pesquisa decifra causa de doença neurodegenerativa

Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Illinois, em Chicago, nos Estados Unidos, desvendaram o mecanismo bioquímico de um gene defeituoso sobre o sistema nervoso para criar a devastação física e mental causada pela doença de Huntington, um grave problema neurodegenerativo. A descoberta foi divulgada na versão online da revista "Nature Neuroscience.

Os pesquisadores pretendiam mostrar como o gene ativa uma enzima chamada JNK3, expressada apenas em neurônios, e quais eram os efeitos nas funções da célula. Há décadas, a comunidade científica sabe que pessoas com a doença têm uma mutação em um gene chamado de huntingtin. Segundo o coautor do estudo, Scott Brady, a mutação existe desde o início, mas há alguns aspectos intrigantes na doença.

Os cientistas encontraram nas pequenas concentrações do gene defeituoso um inibidor do transporte de proteínas sintetizadas no corpo da célula para os axônios, local das sinapses (as ligações entre as células nervosas). O menor envio de proteínas resulta em menos atividade dos neurônios. Isso faz com que os neurônios comecem a morrer e explica o aparecimento da doença tardiamente, já que a ativação do gene reduz a transmissão, mas não o elimina completamente. Neurônios jovens têm um sistema de transporte robusto, que é diminuído com a idade. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

sábado, 6 de junho de 2009

SEXO COMPULSIVO

Sexo Compulsivo: Verdades Sobre a Erotomania, Ninfomania, Hipersexualidade, Desejo Sexual Hiperativo

O desejo sexual pode ser demonstrado por um modelo hipotético, em um continuum onde o desejo, em um extremo, é praticamente nulo, correspondendo ao Transtorno de Aversão Sexual, e no outro, o Desejo Sexual Hiperativo, quando o desejo está em excesso.

Desejo Sexual Hiperativo

Desejo Sexual Normal (alto ou baixo)

Desejo Sexual Hipoativo Leve

Desejo Sexual Hipoativo Grave

Aversão Sexual (Fobia Sexual)

A erotomania e a ninfomania são termos que indicam um exagero do desejo sexual por parte de um homem e de uma mulher, respectivamente.

Tais quadros são cientificamente conhecidos como Desejo Sexual Hiperativo (DSH) e manifestam-se principalmente por desregulação ou falta de controle da motivação sexual.

Como se manifesta o Desejo Sexual Hiperativo?

A pessoa espontaneamente apresenta um nível elevado de desejo e de fantasias sexuais, aumento de freqüência sexual com compulsividade ao ato, controle inadequado dos impulsos e grande sofrimento. Preocupa-se a tal ponto com seus pensamentos e sentimentos sexuais que acaba por prejudicar suas atividades diárias e relacionamentos afetivos. Em geral não apresenta disfunções sexuais (como ejaculação precoce ou impotência), funcionando relativamente bem como um todo. Engaja-se em atividade masturbatória ou no coito, mesmo sob risco de perder os seus relacionamentos amorosos (busca de alta rotatividade de parceiros) ou a própria saúde (Hepatite B e C, HIV). Quando tenta evitar e controlar o impulso para o sexo, a pessoa pode ficar tensa, ansiosa ou depressiva. A pressão para a expressão sexual retorna e a pessoa sente-se escrava de seus próprios desejos. A ansiedade pré-atividade sexual, a intensa gratificação após o orgasmo e a culpa após o ato não são raras.

Pode-se observar níveis diferentes de adição ao sexo, desde masturbação compulsiva e prostituição, a alguns comportamentos parafílicos (perversos) como exibicionismo, voyeurismo ou mesmo pedofilia (abuso sexual de crianças) e estupro.

Hoje em dia, com o maior acesso aos meios de comunicação como internet, encontramos uma nova modalidade de hipersexualidade: compulsão sexual virtual (sexo virtual), atingindo mais de 2.000.000 de pessoas que gastam de 15 a 25 horas em frente ao computador navegando em sites de sexo.

O Que Causa?

O Desejo Sexual Hiperativo é uma síndrome que pode se originar de diferentes causas. Por vezes, é visto como um problema de adição e dependência ao sexo, similar às drogadições de cocaína, álcool ou heroína. Pode ser encarado como um problema de comportamento mal adaptado, onde o ato repetitivo de busca de prazer sexual foi aprendido ao longo da vida como tranqüilizante, diminuindo sentimentos de ansiedade, medo e solidão. Também podemos compreender esse distúrbio como uma doença, com alterações anormais no balanço de substâncias neurais (neurotransmissores).

Nas teorias psicanalíticas, a hipersexualidade pode ser entendida como uma fixação nos níveis pré-edípicos do desenvolvimento sexual, na fase anal, mais especificamente, onde as ansiedades são deslocadas para comportamentos compulsivos.

O conjunto de sintomas apresentados pelo DSH pode, na verdade, representar transtornos diferentes, cada qual devendo ser tratado de forma distinta, conforme sua possível causa.

E Tem Tratamento?

Normalmente é o psiquiatra ou o terapeuta sexual que é procurado ou indicado para esse tipo de transtorno.

As linhas de tratamento podem ser empregadas isoladas, mas tem se recorrido muito a tipos de tratamentos combinados, como o uso de medicação concomitantemente à psicoterapia cognitivo comportamental ou focal.

Os grupos de apoio tem demonstrado grande utilidade como terapia adjuvante.
Algumas drogas podem ser utilizadas nos casos em que a compulsão ao sexo é predominante, como os Inibidores da Recaptação da Serotonina.

Para aquelas pessoas que apresentam sintomas de voyeurismo ou exibicionismo, a psicoterapia de orientação analítica é a mais indicada, exigindo maior tempo de tratamento.
Em casos mais graves, onde a compulsão coloca outras pessoas também em risco (como abuso sexual ou estupro), pode-se fazer uso de algumas medicações a base de hormônios (progesterona) que inibam o desejo sexual.

Em alguns casos, a internação do paciente se faz necessária para contenção de riscos.

TIPOS DE PROBLEMA SEXUAL

Sofrimento sexual: onde eu me encaixo?

Que problema Aline tem?

Aline tem 19 anos e recentemente arranjou um novo namorado, com o qual teve sua primeira relação sexual. Ficou bastante frustrada, pois não viu "estrelinhas coloridas" no final de sua transa, tampouco nos encontros seguintes. Aline fica molhada durante o início do jogo sexual, mas se preocupa constantemente em ter que chegar ao fim, em ter sua satisfação sexual plena. E não é falta de estímulo, pois seu parceiro é experiente e muito atencioso com ela.

Onde Paulo se encaixa?

Paulo sente-se envergonhado, mas não consegue controlar a tentação. Quando se percebe, já está a caminho da praça pública de uma cidade vizinha. Toma duas a três conduções, caminha por meia a uma hora e chega ao local próximo da noitinha. A praça foi escolhida já há semanas, é de movimento pequeno, jovens estudantes transitando após mais um dia de aula. Paulo aguarda excitado atrás do tronco de uma árvore. Quando percebe garotas vindo na sua direção, começa a se masturbar mais intensamente, expondo seus genitais a elas. Tem seu orgasmo apenas se elas lançarem um olhar para ele, dizerem algum desaforo ou, surpresas, baterem em retirada. Paulo ejacula e imediatamente abandona o local. Uma sensação de deleite e profundo prazer se acompanha de culpa e vergonha. Não retorna jamais ao mesmo lugar, com uma eterna desconfiança que seja reconhecido mesmo na sua cidade de moradia. Por isso Paulo não sai muito de casa, isola-se de amigos e fica esperando, ansioso e amedrontado, que essa tenha sido a última vez. Pelo menos, até o impulso voltar.

João sofre de quê?

João tem 28 anos e nunca se relacionou sexualmente com ninguém. Sempre teve impressão de ter nascido diferente, como se o tivessem colocado numa armadura , com vestimentas erradas e desejos contrários. João acredita ter sido uma falha da natureza, uma vingança dela contra sua forma de pensar. Entre amigos, prefere ser chamado pelo apelido de Jana e jamais se deixa observar nu, tendo nojo de seus órgãos genitais. Desde cedo, seus pais tentaram fazê-lo jogar bola, mas João preferia brincar de bonecas de papel com as meninas da vizinhança. João sente-se só e infeliz, humilhado e pouco compreendido por todos que o cercam. Tem uma vida falsa.
Tipos de Transtornos Sexuais: três grandes categorias
Os problemas sexuais são conhecidos como Transtornos Sexuais na linguagem médica. Dividem-se em três grandes grupos:

As Disfunções Sexuais

As Parafilias

Os Transtornos de Identidade de Gênero

Disfunção Sexual

A Disfunção Sexual é um problema que pode afetar o desejo sexual e/ou alterar as respostas psicofisiológicas do corpo frente aos estímulos sexuais, causando sofrimento e insatisfação não só na pessoa, como também no seu par. Aline não consegue chegar ao orgasmo, frustrando-se constantemente. Ela tem Anorgasmia.
Outras Disfunções Sexuais femininas são: Desejo Sexual Hipoativo, Aversão Sexual, Transtorno de Excitação (Frigidez), Dispareunia (dor na relação sexual) e Vaginismo (contração involuntária dos músculos perineais que impedem a penetração).
Nos homens, encontramos o Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo, a Aversão Sexual, a Disfunção Erétil (Impotência), a Ejaculação Precoce (ou Prematura) e a Anorgasmia.
As disfunções sexuais são freqüentes e relativamente fáceis de se tratar com ajuda especializada, principalmente as que acometem as fases de excitação ou de orgasmo.

Parafilia

A parafilia antigamente era chamada de Desvio Sexual ou Perversão. É caracterizada pela presença de fantasias ou vontades sexuais estimulantes e persistentes relacionadas:
com objetos não humanos
com humilhação de si mesmo ou de parceiros
com crianças ou pessoas que não estão consentindo com o ato sexual
Paulo tem uma Parafilia chamada de Exibicionismo, onde há uma necessidade repetida de se obter prazer expondo-se sexualmente a pessoas estranhas, sem os seus consentimentos.

Outras formas de Parafilia são: o Sadomasoquismo (quando a satisfação erótica advém da prática de maus tratos físicos e/ou morais infligidos ao parceiro sexual e a si mesmo), a Pedofilia (sexo com crianças), o Voyeurismo (espiar pessoas estranhas nuas ou tendo sexo sem estas perceberem), o Fetichismo (quando o prazer consiste em amar não à pessoa, mas a uma parte dela ou um objeto de seu uso), o Frotteurismo e o Fetichismo Transvéstico.
O tratamento básico para esses tipos de problema sexual é a psicoterapia.

Transtorno de identidade de gênero

O Transtorno de Identidade de Gênero caracteriza-se pela pessoa acreditar ou querer ser do sexo oposto, tendo um sofrimento e uma estranheza muito grande com seu próprio sexo e com o seu papel social. João tem esse tipo de problema sexual. O tratamento desse transtorno é mais difícil de ser feito. Por vezes, essas pessoas mudam de sexo através de uma série de cirurgias plásticas reconstrutivas. É indispensável que a pessoa procure atendimento psiquiátrico para, através de psicoterapia e apoio, poder enfrentar as dificuldades para assumir nova identidade e lidar com possíveis frustrações.

Condicionamento cardiovascular pode salvar vidas, mostra pesquisa

Mortalidade de sedentários é até 70% maior do que os treinados.O ideal é ter atividade física mais intensa, e não mera caminhada

Indivíduos com baixos índices de capacidade aeróbica têm um risco de mortalidade geral 70% maior do que os treinados. Se pensarmos somente na doença cardiovascular, o aumento de risco é de cerca de 60%, novamente em comparação com os indivíduos com boa capacidade aeróbica.

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Para chegar a essa conclusão, pesquisadores japoneses realizaram uma ampla revisão dos trabalhos já publicados sobre esse tema. Foram identificados mais de 30 artigos científicos, envolvendo mais de 100 mil pessoas. Os participantes tinham idades entre 37 e 57 anos, e o acompanhamento nas pesquisas chegava a 26 anos de duração.

EscalaA capacidade aeróbica é avaliada através de testes de esforço onde se consegue determinar seu máximo e pode ser quantificada em uma unidade chamada MET. Confira a chamada escala de índice de atividade de Duke abaixo:
1 - 4 Equivalente metabólico Atividades caseiras diárias. Caminhar ao redor da casa. Caminhar com 1-2 obstáculos no plano a 3-5 km/h.
5 - 9 Equivalente metabólico Subir escadas, caminhar no morro. Caminhar no plano > 6 km/h. Correr curtas distâncias. Atividades moderadas (golfe, dançar, caminhar na montanha).
10 Equivalente metabólico Esportes extremos (natação, tênis, bicicleta). Trabalho pesado.
Usando essa padronização os pesquisadores conseguiram definir 3 faixas de condicionamento e seu impacto sobre o risco de morrer. Abaixo de 7,0 MET estava a baixa capacidade aeróbica, de 8,0 a 10 MET estava a faixa intermediária e acima de 10,9 MET estavam os mais condicionados.

Saudáveis, mas sedentários Indivíduos saudáveis porém com baixa capacidade aeróbica tem um risco 40% maior de morrer de qualquer causa do que os com capacidade intermediária. O risco de morte por doença cardiovascular é 47% mais alto para os sedentários do que os com capacidade intermediária.
Uma importante descoberta dessa revisão foi a quantificação da melhora de capacidade aeróbica sobre a saúde dos indivíduos. Para cada aumento de 1 MET na capacidade máxima a circunferência abdominal dos indivíduos diminui 7 cm, a pressão arterial sistólica se reduz em 5 mmHg. Os triglicerídeos caem, bem como a glicose em jejum, e ocorre um aumento do colesterol HDL, o bom colesterol.
Como a capacidade aeróbica pode ser determinada por um teste de esforço cardiológico, essa pode ser uma boa ferramenta para os médicos acompanharem seus pacientes, demonstrando os benefícios para motivá-los.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN. Leia mais notícias de Ciência e Saúde

fatos historicos do dia 6 de junho

1985 - A polícia de São Paulo exumou o cadáver que seria do médico nazista Joseph Mengele
1985 A polícia de São Paulo exumou o cadáver que seria do médico nazista Joseph Mengele
1975 O Vietnã do Norte foi criado depois da derrota das tropas sul-vietnamitas e dos Estados Unidos
1949 O escritor George Orwell publicou o célebre 1984. O livro narra a luta de um homem contra uma sociedade avançada e repressora
1933 A cidade de Candem, em Nova Jersey, inaugurou o primeiro cinema drive-in. Ele só faria sucesso nas décadas de 60 e 70
1968 O senador Robert Kennedy é assassinado durante campanha eleitoral para a presidência dos EUA, na Califórnia. Bob era irmão do ex-presidente John Kennedy, morto em 1963, e foi secretário de Justiça no governo de JFK.
1961 Morre o psicólogo e psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, fundador da psicologia analítica. Jung desenvolveu os conceitos de personalidade extrovertida e introvertida, arquétipo e inconsciente coletivo. Influenciou a psiquiatria, a psicanálise, assim como o estudo da religião e da literatura. Jung escreveu, entre outras obras, "Psicologia do Inconsciente".
2006 Manifestantes do MLST invadem e promovem tumulto no Congresso

que dia e hoje



Fundação do Museu Nacional do Rio de Janeiro


O Museu Nacional do Rio de Janeiro, localizado na Quinta da Boa Vista, oferece ao visitante uma área de 9.000 metros quadrados de exposições permanentes e temporárias, cursos de pós-graduação, eventos, seminários, exibição de vídeos e atividades especiais para menores, inclusive carentes.

Achado arqueológico sugere que lepra surgiu na Índia há cerca de 4.000 anos

Apesar de a hanseníase, mais conhecida como lepra, conviver com o homem desde a Antiguidade, sua origem ainda é motivo de disputa. Estudos genéticos apontavam para o sul da Ásia ou leste da África como berço do germe causador da doença.

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Pesquisadores americanos, trabalhando em colaboração com colegas indianos, fizeram uma descoberta que pode resolver a questão. Foi descoberto um esqueleto do segundo milênio antes de Cristo, no estado do Rajastão (Índia), com sinais característicos da lepra. Até hoje as evidências arqueológicas colocavam o caso mais antigo no Usbequistão, datado de mil anos antes de Cristo.

O esqueleto descoberto na Índia pertenceu a um homem de meia idade que apresentava alterações na face, articulações e ossos das pernas e braços típicas da lepra. Mesmo quando foram testadas outras hipótese diagnósticas, essas não foram confirmadas. Os testes para determinação da idade da ossada colocaram nosso paciente vivendo há mais de 4 mil anos.

A lepra é uma doença causada por um germe chamado de Mycobacterium leprae, que atinge principalmente a pele a os nervos. A doença tem tratamento eficiente com medicamentos baratos e em seis meses o paciente está curado. O diagnóstico é simples e agentes comunitários podem ser treinados para encaminhar casos suspeitos ao sistema de saúde.

Apesar de tudo isso, cerca de 250 mil pessoas em todo o mundo ainda têm lepra. O Brasil está entre os 9 países responsáveis por 75% dos casos do mundo. O Ministério da Saúde brasileiro registrou, em 2006, 100 mil pacientes de lepra. Diante disso tudo, fica evidente a incapacidade humana em lidar com as doenças, mesmo as conhecidas há muito tempo.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.

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Pesquisas trazem resultados conflitantes sobre antidepressivos e droga anticâncer

Dois trabalhos científicos, apresentados no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, apresentaram resultados conflitantes avaliando a relação entre o tamoxifeno e os antidepressivos.

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O tamoxifeno é um medicamento utilizado em associação com a quimioterapia para câncer de mama. Ele funciona bloqueando a ação do estrogênio, um hormônio feminino. Uma parte dos tumores malignos da mama são sensíveis ao estímulo hormonal pelo estrogênio. O tamoxifeno é prescrito para a prevenção da recidiva, ou seja dos tumores já tratados, bem como prevenção em casos de pacientes em alto risco de desenvolver esse tumor.

Em uma situação bastante comum, as pacientes que utilizam o tamoxifeno sentem as manifestações da menopausa com muita intensidade em alguns casos. Nas mesmas pacientes, o uso de antidepressivos também é relativamente frequente. O tamoxifeno, em seu processamento dentro do corpo humano, necessita da ação de uma enzima chamada de CYP2D6. Alguns medicamentos antidepressivos têm a capacidade de interferir no metabolismo do medicamento, podendo diminuir sua eficácia.

Uma das pesquisas apresentadas, realizada pela Universidade de Indiana, avaliou mais de 1300 mulheres sobre o uso de tamoxifeno e antidepressivos. Os antidepressivos eram da classe dos inibidores de recaptação de serotonina e eram prescritos para depressão e para aliviar os efeitos dos sintomas da menopausa.

As participantes do estudo foram divididas em dois grupos, de acordo com a intensidade de inibição do antidepressivo sobre a enzima CYP2D6. Os resultados mostraram que as mulheres que usavam os antidepressivos de moderados a potentes, quando comparadas às que usavam somente o tamoxifeno, tinham um risco 2.2 vezes maior de recorrência do câncer.

O outro trabalho, realizado na Holanda, mostrou um resultado diferente do anterior quando avaliando também um grupo de mulheres que usavam tamoxifeno e antidepressivos: não encontrou diferenças nas taxas de recorrência do tumor entre os dois grupos. Diante disso, os médicos e pacientes que estiverem diante nessa situação devem discutir abertamente as opções existentes de tratamento e escolhas.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.

Sipam aponta redução no ritmo do desmatamento em reservas no Acre

Entre 2007 e 2008, devastação desacelerou 67,84%. Ainda assim, sistema mediu destruição de mais de 47 km² em 2008
A velocidade do desmatamento em reservas indígenas e unidades de conservação ambiental estaduais e federais no Acre caiu 67,84% da temporada 2006-2007 para a 2007-2008, aponta monitoramento realizado pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). Segundo o
levantamento, as terras indígenas, que tiveram redução de 88,43% foram as que tiveram maior desaceleração.Ao todo, no último ano, foi registrada a destruição de 47,83 km² de florestas nos três tipos de reserva. Entre as unidades de conservação estaduais, a mais devastada no último ano foi a Floresta Antimary, que perdeu 7,28 km². A unidade federal mais destruída no
saiba mais mesmo período foi a Reserva Extrativista Chico Mendes (11,8 km²). Já a terra indígena mais desmatada no estado entre 2006-2007 e 2007-2008 foi a Kaxiwaná do Rio Jordão (1,07 km²). No total histórico acumulado, as reservas acreanas, segundo o Sipam, já perderam 1594,1 km² (pouco mais que a área do município de São Paulo. A Reserva Extrativista Chico Mendes, unidade mais desmatada entre todas as categorias no levantamento do Sipam, sofre com a criação de gado. No final do ano passado, uma fiscalização do Ibama tentou coibir a derrubada da mata para criação de gado na reserva.

Na época, o sindicato dos seringueiros que ali vivem argumentou que a criação de bois era necessária para complementar a renda, já que os preços dos produtos extrativistas - no caso, castanha e borracha – seriam muito baixos para a subsistência dos moradores.

Cientistas descobrem nova espécie de cobra-de-duas-cabeças no Cerrado

Animal, nativo de Goiás, apareceu durante obras de usina hidrelétrica.Anfisbênios são grupo ainda pouco estudado de répteis.


A construção de uma hidrelétrica no sudoeste de Goiás acabou trazendo à superfície uma nova espécie de cobra-de-duas-cabeças, ou anfisbênio. Esses répteis, que passam a maior parte de sua vida debaixo da terra, ainda são relativamente misteriosos para os biólogos, e sua diversidade ainda é pouco conhecida -- tanto que muitas outras espécies ainda podem estar esperando para serem descobertas.



Em regiões mais quentes eles parecem ser de difícil acesso, havendo poucos registros de encontros ocasionais para muitas das espécies de anfisbênios. Em lugares nos quais alguns meses do ano são mais frios, é possível encontrá-los mais facilmente perto da superfície para tentar se aquecer. No entanto, obras grandes para construções ou para abertura de áreas para plantio estão revelando animais desconhecidos com frequência no Cerrado e na Caatinga", contou ao G1 a bióloga Síria Ribeiro, doutoranda da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

Ribeiro e seus colegas Alfredo Santos-Jr., também da PUC-RS, e Willian Vaz-Silva, da Universidade Federal de Goiás, descreveram formalmente o novo réptil em artigo na revista científica "Zootaxa". A criatura ganhou o nome de Leposternon cerradensis por ser, por enquanto, o primeiro membro de seu gênero, o Leposternon, a ser encontrado apenas no Cerrado. Os pesquisadores ainda não têm dados precisos sobre as profundidades que ele habita, sua dieta (provavelmente composta por pequenos insetos também subterrâneos, como formigas, cupins ou larvas deles) ou mesmo sua distribuição geográfica.

"Normalmente, o que acontece é que, quando a terra está sendo escavada durante determinada obra, os bichos são encontrados. Também pode acontecer de eles subirem à superfície quando o reservatório de uma hidrelétrica está se enchendo", fugindo da água, explica Ribeiro. Por isso mesmo, os biólogos acabam dependendo de um golpe de sorte (ou de azar, levando em conta a bagunça no habitat do animal) para conseguir observar as criaturas.

Foi Vaz-Silva, que acompanhava a construção da Usina Hidrelétrica de Espora no município de Aporé (GO), o responsável por recolher os espécimes da cobra-de-duas-cabeças durante um procedimento de resgate de fauna. "Ele me mandou as fotos e eu logo notei que se tratava de um bicho novo, porque morfologicamente ele é muito diferentes das outras espécies de Leposternon", diz a bióloga da PUC-RS.

Cabeças
Ribeiro explica que "cobra-de-duas-cabeças" está longe de ser um nome popular adequado. "Na verdade a cabeça verdadeira é bem característica. O problema é que as pessoas têm tanto medo de serpentes e assemelhados que não conseguem olhar direito", brinca. Bobabem: para humanos, os anfisbênios são inofensivos. Na verdade, o que confunde o observador casual, diz ela, além da leve semelhança no formato das duas extremidades, é o fato de que a locomoção do animal envolve o movimento de ambas as pontas do corpo, de forma que a cauda pode dar a impressão de ser a cabeça.

A nova espécie tem uma conformação especial da cabeça que faz com que ela funcione como pá, escavando o caminho adiante no subsolo. As principais diferenças do bicho em relação a seus parentes próximos estão em detalhes como as escamas da cabeça, nos chamados poros pré-cloacais e no número de meio-anéis dorsais e ventrais e anéis caudais que recobrem o corpo.

Os poros, como o nome diz, ficam perto da cloaca (abertura que, nos répteis, serve para todas as funções fisiológicas, como expelir urina e fezes e copular). "Não temos dados diretos sobre a função dos poros nessa espécie. Mas, em outros anfisbênios, estudos morfológicos indicaram que eles podem estar relacionados com a comunicação entre indivíduos da mesma espécie e de espécies distintas", diz Ribeiro.

A cor rosada do bicho não significa que ele seja albino, explica ela. "Ainda não sabemos muito a respeito disso, mas o Leposternon cerradensis compartilha com as demais espécies com poros a ausência de coloração escura, e essas espécies estão presentes, principalmente, em áreas abertas, podendo a coloração estar relacionada com o solo utilizado ou até mesmo um determinado ambiente", afirma a bióloga. É mais um mistério ainda não-elucidado sobre os anfisbênios, como o de sua distribuição geográfica -- ninguém sabe se as espécies encontradas num só lugar até hoje, como a nova, são mesmo únicas daquela região ou apenas muito discretas e comuns em outras.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Novo fóssil lança luz sobre origem dos grandes macacos e do homem


Pesquisadores liderados por Salvador Moyà-Solà, da Universidade Autônoma de Barcelona, descobriram e descreveram uma nova espécie de primata extinto que pode trazer nossos dados sobre a origem dos grandes macacos (orangotangos, gorilas e chimpanzés) e do homem. O bicho de 12 milhões de anos, batizado de Anoiapithecus brevirostris, tem características anatômicas que o ligam, em parte, aos ancestrais diretos dos grandes macacos, mas também a primatas menores e mais primitivos. Uma vez que o animal foi achado na Espanha, a descoberta daria mais peso à hipótese de que os grandes macacos surgiram na Europa e na Ásia e só mais tarde teriam ido para a África. A análise está na revista científica americana "PNAS".